13 de junho de 2022
O Bando de Cabo Verde prevê para este ano, um crescimento económico na ordem dos 4%, contrariamente aos 5,6% inicialmente previstos, mesmo em cenário de crise pandémica.
Segundo o Governador do Banco de Cabo Verde, a revisão, em baixa, para 4%, deve-se aos efeitos da guerra na Ucrânia.
Perante o cenário de incertezas, conforme Óscar Santos, torna-se difícil prever até onde a inflação vai parar. Quanto às taxas de juro, Santos recomenda prudência por parte do Banco Central para evitar o incumprimento, sobretudo nos sectores chave da economia.
Em entrevista á TCV, o Governador afiançou que a dívida pública, por muitos considerada astronómica, não tem impacto de maior nas contas do País, por ser de rendas muito baixas.
Ainda assim, o economista considera positivo o empenho do Executivo em fazer baixar a dívida pública, que neste momento se situa nos 146% do Produto Interno Bruto.
Há cerca de uma semana, Óscar Santos voltou a pedir ao Governo a recapitalização do Banco Central. O governador explicou que se trata de uma medida orgânica para fazer face a uma sequência de capitais negativos acumulados decorrentes, em parte, das normas internacionais.
Santos também propôs renegociação do acordo de cooperação cambial com Portugal e com a União Europeia, no sentido de aumentar o plafond de crédito para 150 milhões de dólares, o que no seu entender poderá melhorar os índices de confiança do país.
Óscar Santos defende, no entanto, que o governo pode evitar a degradação do rating de Cabo Verde mediante a aposta na consolidação orçamental.
O Governador do BCV prevê tempos difíceis nos próximos seis meses, podendo a inflação, a nível mundial, chegar aos dois dígitos pelo que, diz, Cabo Verde terá que tomar medidas preventivas para fazer face a esses externos.
RTC Online, com RCV
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